A Corregedoria do Detran, o
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com
apoio de 200 agentes da Polícia Civil, realizam na manhã desta
terça-feira (25/09), em Campos e mais 11 municípios do estado do Rio, a
“Operação Asfalto Sujo” com o objetivo de cumprir 41 mandados de prisão e
67 de busca e apreensão nos postos do Detran.
A ação com vistas a desarticulação de uma quadrilha formada por
funcionários, despachantes e zangões que atuavam em pelo menos 04 postos
de vistoria do órgão, se iniciou as 6h nos municípios de Itaboraí, São
Gonçalo, Niterói, Tanguá, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Magé, Rio de
Janeiro, Duque de Caxias, São Fidélis e Bom Jesus do Itabapoana e
Campos.
Em coletiva, no início desta tarde o delegado titular da 134ª DP Geraldo Assad, revelou que a os agentes da 134ª DP, prestaram apoio no cumprimento dos mandados que acarretaram na detenção da moradora de Pureza, em São Fidélis, Cibele Coutinho Amaral Franco, Gesiana Areas Sampaio, de 29 anos, Maurício Ribeiro Areas, 31 anos, Monique Peixoto Teixeira, 25 anos, o despachante Ferdnando Azevedo Silva, além do chefe da Comauto em Campos, João Acácio Filho.
No esquema criminoso, os envolvidos, segundo a denúncia, recebiam propina para realizar de forma ilegal vistorias de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documentos.
Outro crime descoberto pelo GAECO e pela Corregedoria do Detran foi o “pulo”, na qual funcionários do órgão autorizavam a transferência de propriedade de um veículo para uma pessoa, mesmo quando o recibo de compra e venda estava preenchidos e assinado por comprador diferente, o que ocasionava a quebra na cadeia de proprietários e o não pagamento da taxa de transferência de propriedade. Também era comum a autorização ilegal de transferência de propriedade de carro sem que o recibo de compra e venda estivesse assinado pelo comprador ou pelo vendedor, ou sem reconhecimento de firma, fraude conhecida como “R”.
Na investigação foi constatada ainda que funcionários do órgão
recebiam dinheiro para fazer vista grossa em algumas vistorias e aceitar
a regularização de carros sem condições de circular, com pneus carecas,
vidros e lanternas quebrados, entre outros problemas. A quadrilha,
segundo a denúncia, tinha uma tabela de propina, com valores que
variavam de R$ 50 a R$ 1.200, dependendo do “serviço”.
Além dos 41 denunciados pelos crime de formação de quadrilha e
corrupção, outros 10 acusados vão responder por crimes isolados de
corrupção, destruição de documento público e inserção de dados falsos em
sistema, somando 53 crimes. O Ministério Público requereu ainda a
suspensão do exercício de função pública de 47 funcionários do Detran e
despachantes públicos registrados.
Fonte: Ururau
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