No último sábado, num dia que era para
ser de festa, num concerto que reuniu mais de 1,5 mil pessoas no ginásio
do Sesc, o maestro Jony William Villela, diretor da ONG Orquestrando a
Vida, mantenedora da Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, deu uma
péssima notícia para o público. Ele anunciou o fim da atividade da
organização, que ganhou fama internacional e que atende a
aproximadamente 750 crianças, grande parte delas vindas de escolas
públicas. Segundo Villela ele, a decisão foi tomada depois de uma
reunião entre maestros e diretores da entidade, que alegam falta de
recursos para levar o projeto adiante. Segundo o maestro, faltam
recursos para pagamento de professores, maestros e para a manutenção dos
gastos da organização. O fim das atividades da ONG está marcado para o
dia 9 de maio, na Praça São Salvador, às 17h, com um ensaio aberto de
todas as orquestras e bandas, com a presença das famílias dos
integrantes do projeto e amigos da iniciativa.
Com quase 16 anos de existência, a ONG Orquestrando a Vida foi criada através de uma parceria entre o Centro Cultura Musical de Campos e a Fundação Musical Simon Bolívar (“El Sistema”, da Venezuela). O maestro defende a sensibilidade das pessoas que podem ajudar o projeto e solicita o auxílio de empresários e do poder público, para que continue ensinando música a crianças e jovens através de suas seis orquestras sinfônicas e duas bandas.
Na última segunda-feira, o maestro falou sobre o fim das orquestras e bandas no programa Folha no Ar, da PlenaTV. De acordo com Villela, todas as orquestras e bandas encerrarão suas atividades e apenas a Orquestra Mariuccia Iacovino cumprirá sua agenda de concertos de maio. “Em respeito ao público e aos artistas convidados que se apresentarão com a orquestra. Sexta(04), a Mariuccia Iacovino tem uma apresentação marcada para as 20h30, na Igreja de São Francisco, com o barítono Lício Bruno, considerado um dos grandes nomes do canto erudito no Brasil. E no dia 17 de maio, a orquestra participa de uma apresentação na Uenf, com a cantora Leila Pinheiro.
Depois destes concertos, a agenda será
encerrada. Na nossa agenda, tínhamos apresentações no Teatro Municipal
do Rio de Janeiro, concertos em cinco festivais de inverno, duas turnês
internacionais e concertos com Margareth Menezes, Neti Szpilman, corais
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outros”, comentou
Villela.
Para o maestro, a solução por chegar por meio de patrocínios, se possível imediato, para que o pagamento das despesas possa ser feito. “Temos corrido, batido de porta em porta, mas, embora tenhamos uma intensa agenda de concertos em Campos e no exterior, me parece que somos ignorados e esquecidos. Durante 16 anos, somos responsáveis por 98% da agenda de concertos em Campos, além de participar de concertos no Brasil e no exterior. Não consigo entender o porquê do descaso com um trabalho sério, de qualidade e comprometido com a sociedade”, comenta Villela.
Para o maestro, a solução por chegar por meio de patrocínios, se possível imediato, para que o pagamento das despesas possa ser feito. “Temos corrido, batido de porta em porta, mas, embora tenhamos uma intensa agenda de concertos em Campos e no exterior, me parece que somos ignorados e esquecidos. Durante 16 anos, somos responsáveis por 98% da agenda de concertos em Campos, além de participar de concertos no Brasil e no exterior. Não consigo entender o porquê do descaso com um trabalho sério, de qualidade e comprometido com a sociedade”, comenta Villela.
O maestro lembra que esta não é a primeira vez que a ONG apresenta dificuldades. “A tristeza de poder ver sempre o trabalho ameaçado, o pouco caso e a lentidão é que nos dei-xam indignados. Somos um patrimônio vivo de nossa cidade. Levamos nossa cultura a muitos palcos de renome e lutamos todos os dias com a realidade difícil de nossas crianças e jovens, que vêm de vidas difíceis e se encontram em uma ONG que traz esperanças de um futuro melhor. A missão da ONG Orquestrando a Vida é grande, mas precisa da sociedade, do poder público e de empresários para poder continuar a existir”, disse indignado o maestro.
A Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, já se apresentou em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Estados Unidos. O maestro Jony William Villela lembra que a Mariuccia Iacovino encerrou sua turnê nos Estados Unidos, em novembro de 2011, no famoso Carnegie Hall, em Nova York. A turnê nos EUA foi destaque em vários programas de televisão, como “Ação Global”, da InterTV Planície.
Para 2012, a Orquestra Mariuccia Iacovino tem convites para voltar a Nova York, Bogotá, na Colômbia; Madrid e Barcelona, na Espanha; Porto, em Portugal; e Paris, na França.
Mais informações na Folha da Manhã:
http://academiadeorquestrasecoros.blogspot.com.br/2012/05/o-ultimo-concerto.html?spref=bl
Fotos: Imagens do Google
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