A ONG Orquestrando a Vida
paralizará as suas atividades por falta de investimento para a manutenção das
atividades, que hoje atende a 750 crianças e jovens da cidade de Campos e
região. "Não temos mais como sustentar um movimento como este. É triste
dizer que chegou ao fim um trabalho de 16 anos que levou o nome da cidade de
Campos ao Carnegie Hall em Nova York, disse Jony William".
Os alunos, pais, professores e
amigos realizam amanhã, 09 de abril às 17h um manifesto na praça principal da
cidade de Campos (Praça São Salvador), que esta sendo chamado pelos
organizadores de “Grande Ensaio Aberto”. Este ensaio será o último ensaio dos
grupos sinfônicos pertencente a Orquestrando a Vida se não ocorrer um socorro
imediato à instituição.
Segundo Villela , a decisão foi
tomada depois de uma reunião entre maestros e diretores da entidade, que alegam
falta de recursos para levar o projeto adiante. Segundo o maestro, faltam
recursos para pagamento de professores, maestros e para a manutenção dos gastos
da organização. "O fim das atividades da ONG está marcado para esta quarta
feira, com um ensaio aberto de todas as orquestras e bandas, com a presença das
famílias dos integrantes do projeto e amigos da iniciativa".
Com quase 16 anos de existência, a ONG Orquestrando a Vida foi criada através de uma parceria entre o Centro Cultura Musical de Campos e a Fundação Musical Simon Bolívar (“El Sistema”, da Venezuela). O maestro defende a sensibilidade das pessoas que podem ajudar o projeto e solicita o auxílio de empresários e do poder público, para que continue ensinando música a crianças e jovens através de suas seis orquestras sinfônicas e duas bandas.
Na nossa agenda, tínhamos apresentações no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, concertos em cinco festivais de inverno, duas turnês internacionais e concertos com Margareth Menezes, Neti Szpilman, corais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outros”, comentou Villela.
Para o maestro, a solução por chegar por meio de patrocínios, se possível imediato, para que o pagamento das despesas possa ser feito. “Temos corrido, batido de porta em porta, mas, embora tenhamos uma intensa agenda de concertos em Campos e no exterior, me parece que somos ignorados e esquecidos. Durante 16 anos, somos responsáveis por 98% da agenda de concertos em Campos, além de participar de concertos no Brasil e no exterior. Não consigo entender o porquê do descaso com um trabalho sério, de qualidade e comprometido com a sociedade”,comenta Villela.
O maestro lembra que esta não é a primeira vez que a ONG apresenta dificuldades. “A tristeza de poder ver sempre o trabalho ameaçado, o pouco caso e a lentidão é que nos deixam indignados. Somos um patrimônio vivo de nossa cidade. Levamos nossa cultura a muitos palcos de renome e lutamos todos os dias com a realidade difícil de nossas crianças e jovens, que vêm de vidas difíceis e se encontram em uma ONG que traz esperanças de um futuro melhor. A missão da ONG Orquestrando a Vida é grande, mas precisa da sociedade, do poder público e de empresários para poder continuar a existir”, disse indignado o maestro.
A Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, já se apresentou em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Estados Unidos. O maestro Jony William Villela lembra que a Mariuccia Iacovino encerrou sua turnê nos Estados Unidos, em novembro de 2011, no famoso Carnegie Hall, em Nova York. A turnê nos EUA foi destaque em vários programas de televisão, como “Ação Global”, da InterTV Planície. Para 2012, a Orquestra Mariuccia Iacovino tem convites para voltar a Nova York, Bogotá, na Colômbia; Madrid e Barcelona, na Espanha; Porto, em Portugal; e Paris, na França.
Por Márcia Lemos com informações da Folha da Manhã e fotos do Google
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