A senhora Edjane Maciel e seu filho Luan Maciel foram
um dos homenageados durante
a sessão desta quarta (21)
Vereadores ocuparam a tribuna e ressaltaram
a importância da data
A Câmara Municipal de Campos fez uma homenagem aos portadores com Síndrome de Down, em especial, aqueles que estiveram no plenário durante a sessão desta quarta-feira (21), em companhia de seus pais, no dia que é considerado o Dia Internacional de Síndrome de Down.
Por esse motivo,
a vereadora Odisséia Carvalho, que tem uma enteada especial, levou vídeos que
foram apresentados aos vereadores e público presente. Em aparte, o vereador Gil
Vianna, que perdeu uma filha aos 16 anos com a síndrome se emocionou, e falou de
sua mudança como pessoa, depois que passou a conviver com a
jovem.
O presidente da
Câmara, Nelson Nahim disse que não teve a graça de ter um filho especial, mas,
junto com sua esposa, fundou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais –
APAE, que assiste hoje 260 pessoas de várias idades.
“Deus escolhe as
pessoas especiais para cuidarem dessas crianças que só nos dão amor, carinho e
muita alegria. Hoje é dia de bater muitas palmas, pois quem tem um filho
especial dá mais valor à vida. Parabéns a todos e que a nossa sociedade seja
menos preconceituosa e discriminativa, pois ser diferente é normal”, disse
Nahim.
Depois que a
vereadora Odisséia mostrou um vídeo do senador Lindeberg Farias, que também tem
um filho especial, o vereador Papinha também usou da palavra e falou do trabalho
realizado pela sua esposa, que também cuida de uma menina de 13 anos que foi
premiada com uma filha, que chamamos de Dudinha. "É impressionante o carinho que
ela tem conosco e que repassa para toda a nossa família”, lembrou
Papinha.
História
- A Síndrome de Down pode atingir um entre 800 ou 1000
recém-nascidos. A variação deve-se ao fato de a incidência do distúrbio aumentar
em filhos de mulheres mais velhas. Segundo Juan Llerena, médico geneticista do
Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 60% dos casos
ocorrem em mães com mais de 35 anos. “Em jovens, a probabilidade é de um bebê
com down para cada 1752 partos. Aos 40, o risco sobe de um para 80”, exemplifica
o médico.
O transtorno
pode ser detectado já nos exames pré-natais e confirmado através de avaliações
laboratoriais após o parto. Estes procedimentos indicam ainda a severidade do
distúrbio e a possibilidade de o casal ter outra criança com a
síndrome.
Reação dos pais - Ainda hoje, apesar das
campanhas de esclarecimento e de desmistificação da Síndrome de Down, muitos
pais ainda se sentem inseguros ao receber a notícia de que os filhos têm o
transtorno. É o que relata a psicóloga Ceci Cunha, do Serviço de psicologia
médica do Instituto Fernandes Figueira.
“Os pais tendem
a idealizar uma imagem de seus filhos e qualquer criança que saia deste padrão
esperado os choca. Muitos se questionam o porquê, se sentem culpados por ter
desejado ou não a gravidez e querem saber o que teriam feito de errado. Têm medo
de que o mesmo possa ocorrer em uma futura gravidez. Então nós conversamos,
tentamos compreender o que a criança representa na vida deles e iniciamos um
trabalho de apoio. É um longo processo, mas com o tempo eles costumam aceitar
melhor”, conta.
Por Márcia Lemos
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