quinta-feira, 2 de maio de 2019

Campos tem melhor saldo de empregos dos últimos cinco anos














Campos fechou o primeiro trimestre de 2019 com o melhor desempenho em contratações com carteira assinada dos últimos cinco anos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado à secretaria do Trabalho do Ministério da Economia e mostram o município na contramão em relação ao Estado do Rio de Janeiro, que tem a maior taxa de desemprego do país, segundo dados do IBGE. Segundo a Prefeitura, a expectativa é que com o bom resultado nos primeiros três meses, o ano seja fechado com saldo positivo, o que não ocorre desde 2014.
A Prefeitura informou que realiza ações desde o início do governo e, embora, desde 2015, houvesse mais demissões do que novas contratações no município, a cidade de Campos contrariou as estatísticas e mostrou recuperação nos últimos dois anos. Depois das taxas terem alcançado, em 2018, o melhor resultado do período, agora, o primeiro trimestre de 2019 alcançou o melhor saldo dos últimos cinco anos, tendo mais admissões do que demissões.
— Independente do cenário nacional, que era crítico e hoje apresenta melhorias, o governo Rafael Diniz vem realizando, desde seu primeiro dia de gestão, medidas de modernização, com incentivo aos diversos setores da economia, incluindo ações para reduzir a burocracia na abertura de novos negócios. Com isso, acreditamos que estamos no caminho certo — ressalta o superintendente de Trabalho e Renda, Rogério Matoso.
De acordo com a Prefeitura, os setores que mais puxaram para cima os resultados de Campos neste ano foram: a safra nas usinas de cana de açúcar (que integram a Indústria da Transformação), o setor de serviços (clínicas, hospitais, rede hoteleira, varejo e comércio), influenciados pela abertura de dois grandes supermercados na cidade e um shopping em Guarus.
Região fecha março com saldo positivo
Levando em consideração apenas os números de março, o Caged apontou que o Norte Fluminense fechou o mês com saldo positivo de 1.338 empregos. A informação foi publicada pelo professor e economista Alcimar Chagas no blog do economista José Alves Neto. Os números foram alavancados pelos resultados, principalmente, de Macaé e São João da Barra, na esteira da indústria no petróleo e do Porto do Açu, respectivamente. Campos também fechou o mês no azul, mas com resultados mais tímidos.
O campeão de empregos da região em março foi Macaé, com 3.377 contratações e 2.516 demitidos, com saldo de 861. Em São João da Barra, houve 590 admissões e 184 desligamentos (saldo de 406), enquanto em Campos, o número foi de 1.856 e 1.734, respectivamente (saldo positivo de 122). Apenas Quissamã (-25), Conceição de Macabu (-17), São Fidélis (-16) e São Francisco de Itabapoana (-6) fecharam o balanço no vermelho.
Setorialmente, destaca Alcimar, observa-se que a construção civil liderou a geração de emprego no acumulado na região com 3.100 vagas criadas, ou 91,9% do total. Destas, 65% forma criadas por Macaé, 28,4% e por São João da Barra. O setor de serviço vem a seguir com a geração de 1.710 vagas, ou 50,7% do total. Destas, Macaé foi responsável por 66,2% do total, Campos foi responsável por 25,1% e São João da Barra por 8,6%. A indústria de transformação eliminou 1.055 vagas e o comércio 408 vagas no acumulado do ano.
— Como podemos observar a região é muito dependente do emprego de natureza sazonal no setor de construção civil, enquanto a indústria de transformação e o comercio apresentam resultados negativos — destacou o economista e professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).

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