Agentes da PRF teriam exigido R$ 2 mil para não prenderem contrabandistas
Após
denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes
(RJ), a Justiça Federal determinou que três policiais rodoviários
federais sejam afastados preventivamente de suas funções para que não
atrapalhem as investigações de corrupção, intimidando vítimas e
testemunhas do caso. Os policiais de iniciais F.S.O. , M. S. M. B. S.
, e R. M. S. são acusados de solicitarem e receberem R$ 2 mil e cerca
de 140 celulares, durante uma fiscalização de rotina da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), na BR-101. Em troca, os agentes públicos
infringiram seu dever de efetuarem a prisão em flagrante dos
proprietários de mercadorias sem nota fiscal e objetos de pirataria
encontrados dentro de um ônibus de turismo. Além disso, eles comunicaram
ao fisco estadual apenas parte do total da mercadoria arrecadada na
referida operação, que ocorreu em setembro de 2012.
A
decisão do juiz da 2ª Vara Federal de Campos, Gessiel Pinheiro de
Paiva, determina ainda que os policiais tenham suas armas de fogo,
coletes balísticos e algemas recolhidas, bem como a suspensão de acesso a
todos os bancos de dados disponibilizados pelo Departamento de Polícia
Rodoviária Federal. Os policiais também estão proibidos de se ausentarem
do município de Campos dos Goytacazes, sem comunicação prévia e
autorização da Justiça.
A
investigação do caso foi conduzida pelo procurador da República Eduardo
Santos de Oliveira e realizada pelo Grupo de Controle Externo da
Atividade Policial do MPF no Rio de Janeiro juntamente com a 12ª
Superintendência da Polícia Rodoviária Federal. Os acusados têm 15 dias
para responderem por escrito à denúncia.
Fonte: Campos 24 Horas
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