Presidente diz ser leviano antecipar posição sobre nova Lei dos Royalties
A presidenta Dilma Rousseff
evitou nesta quinta-feira (08/11) adiantar sua decisão sobre o projeto
que trata da partilha dos royalties do petróleo alegando que ainda não
tem o texto e que seria uma leviandade falar sobre o assunto antes de
avaliá-lo. A Presidente encaminhou a Advocacia Geral da União (AGU) o
parecer. Após o recebimento da Casa Civil, há um prazo legal de 15 dias
para a apresentação de sua decisão, vetando ou sancionando o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados na noite da última terça-feira (06/11).
Por meio da assessoria, a presidenta já havia informado que faria uma
análise "exaustiva" antes de decidir o que fará: se vetará o texto de
forma total ou parcial ou se o sancionará na integralidade.
"Não
tenho a lei, vou avaliar a lei. Eu seria uma pessoa leviana se, sem
recebê-la, falasse sobre isso", disse Dilma aos jornalistas, após
participar da cerimônia de lançamento do Pacto Nacional Alfabetização na
Idade Certa, no Palácio do Planalto.
O texto aprovado pela Câmara não foi o proposto pelo Executivo e
deixou de fora a previsão de repasse de 100% dos royalties dos poços que
serão licitados para a educação, como queria o governo. A presidenta
também defendia a manutenção dos atuais contratos de exploração do
regime de concessão para preservar os ganhos dos principais estados
produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O governador do Ceará, Cid Gomes, que também participou da cerimônia,
disse que conversou com Dilma sobre o projeto dos royalties e defendeu a
sanção do texto aprovado. Segundo Cid Gomes, a Presidenta está
"preocupada com algumas inconsistências" e enfrenta "uma situação de
muita pressão".
Fonte: Ururau
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