Sete detentos do presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Guarus, fugiram da unidade prisional na madrugada desta segunda-feira (8). A Polícia Militar faz buscas por toda a cidade desde as 5h e capturou um dos fugitivos. De acordo com a secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a fuga aconteceu por volta das 4h30, após os detentos serrarem a grade da cela. Os homens teriam usado uma “Tereza” (corda com nós) para descer o muro e também cortado duas telas da cerca, na parte dos fundos do presídio. As buscas pelo demais continuam e, sobre a possibilidade de facilitação por agentes da unidade, a Seap informou que abrirá sindicância para apurar o caso.
Segundo a Seap, a fuga ocorreu por volta das 04h30. A Polícia Militar só teria sido acionada às 5h10. A Folha solicitou, por e-mail, mais informações sobre os foragidos, mas a secretaria estadual respondeu que, “por questões de segurança, não revela o nome e a ficha funcional dos presos”. Sobre a dinâmica da fuga, também disse que a forma com que os sete saíram da unidade prisional será apurada na sindicância.
Esta manhã, em frente ao presídio, parentes que foram entregar “pertences” aos internos chegaram a ser questionadas sobre a possibilidade de transferência da entrega dos materiais para amanhã (terça, 9). Quase todos preferiram aguardar, para serem atendidos ainda hoje. Muitos reclamaram, alegando que o material que foram entregar nem era, em sua maioria, para higiene pessoal dos familiares presos. “Segunda é dia de entrega de pertences. A gente gasta quase 20 reais para pegar ônibus para o Centro e depois carrinho (lotada) para vir para cá, fora o dinheiro para comprar os pertences, quase é tudo para limpeza do presídio, das celas”, disse uma pessoa. “A gente traz produtos de limpeza, até vassoura, rodo e baldes. Isso tudo é a família do preso que compra. Chegamos aqui antes das 5h e, geralmente, ficamos até as quatro da tarde, para eles revistarem tudo. E, se fogem não deve ser à toa, porque até a água que eles bebem aqui é direto da caixa d’água, da torneira”, destacou outro parente de preso.
Sobre os “pertences”, como desinfetantes, detergentes e baldes, entre outros, que são levados por familiares de detentos, questionada se não seriam de responsabilidade do Estado, a Seap respondeu apenas que “há itens que são permitidos que as famílias levem para os internos, tais como alimentos, roupas, dentre outros. Tudo regulamentado pela Seap e passando pela revista dos pertences”.
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