segunda-feira, 8 de abril de 2019

Sete detentos fogem do presídio Carlos Tinoco da Fonseca



Isaías Fernandes
Sete detentos do presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Guarus, fugiram da unidade prisional na madrugada desta segunda-feira (8). A Polícia Militar faz buscas por toda a cidade desde as 5h e capturou um dos fugitivos. De acordo com a secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a fuga aconteceu por volta das 4h30, após os detentos serrarem a grade da cela. Os homens teriam usado uma “Tereza” (corda com nós) para descer o muro e também cortado duas telas da cerca, na parte dos fundos do presídio. As buscas pelo demais continuam e, sobre a possibilidade de facilitação por agentes da unidade, a Seap informou que abrirá sindicância para apurar o caso.
Segundo a Seap, a fuga ocorreu por volta das 04h30. A Polícia Militar só teria sido acionada às 5h10. A Folha solicitou, por e-mail, mais informações sobre os foragidos, mas a secretaria estadual respondeu que, “por questões de segurança, não revela o nome e a ficha funcional dos presos”. Sobre a dinâmica da fuga, também disse que a forma com que os sete saíram da unidade prisional será apurada na sindicância.
Esta manhã, em frente ao presídio, parentes que foram entregar “pertences” aos internos chegaram a ser questionadas sobre a possibilidade de transferência da entrega dos materiais para amanhã (terça, 9). Quase todos preferiram aguardar, para serem atendidos ainda hoje. Muitos reclamaram, alegando que o material que foram entregar nem era, em sua maioria, para higiene pessoal dos familiares presos. “Segunda é dia de entrega de pertences. A gente gasta quase 20 reais para pegar ônibus para o Centro e depois carrinho (lotada) para vir para cá, fora o dinheiro para comprar os pertences, quase é tudo para limpeza do presídio, das celas”, disse uma pessoa. “A gente traz produtos de limpeza, até vassoura, rodo e baldes. Isso tudo é a família do preso que compra. Chegamos aqui antes das 5h e, geralmente, ficamos até as quatro da tarde, para eles revistarem tudo. E, se fogem não deve ser à toa, porque até a água que eles bebem aqui é direto da caixa d’água, da torneira”, destacou outro parente de preso.
Sobre os “pertences”, como desinfetantes, detergentes e baldes, entre outros, que são levados por familiares de detentos, questionada se não seriam de responsabilidade do Estado, a Seap respondeu apenas que “há itens que são permitidos que as famílias levem para os internos, tais como alimentos, roupas, dentre outros. Tudo regulamentado pela Seap e passando pela revista dos pertences”.

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