Com maior número de casos de
Chikungunya, Travessão terá reforço de dois médicos na Unidade Pré-Hospitalar
para atender pacientes com sintomas da doença.
A
Prefeitura de Campos anunciou ações para o combate do mosquito Aedes Aegypti —
transmissor da dengue, zika e chikungunya — na tarde desta segunda-feira (29).
No auditório da sede da prefeitura, os representantes da Secretaria municipal
de Saúde informaram que o município atravessa uma endemia nos casos de
chikungunya, que merece o reforço das ações e também de uma atenção especial da
população, que deve seguir passo a passo as orientações para evitar a
proliferação do mosquito.
O
secretário de Saúde, Abdu Neme, disse que haverá o reforço de mais dois médicos
na Unidade Pré-Hospitalar (UPH) de Travessão, para o atendimento aos pacientes,
com os sintomas da arboviroses. Cerca de 70% dos casos de chikungunya
registrados no município estão concentrados no distrito. Os bairros Parque
Eldorado, Parque Guarus, Centro e o Parque Turf Club também figuram com bairros
acometidos por chikungunya no mês de abril.
—
Nós vamos inovar na questão do combate ao Aedes Aegypti. O distrito de
Travessão terá um reforço de dez agentes de endemias, que vão ficar locados na
unidade de saúde. Quando aparecer um caso suspeito, os agentes irão entrar na
residência do paciente e vão fazer uma vistoria minuciosa no local — revelou o
secretário de saúde.
Neste
ano, já foram registrados 2 mil casos chikungunya. Em abril, até o último dia
25, foram 478. A diretora de Vigilância em Saúde, a médica infectologista,
Andréya Moreira, enfatizou que o município vive um “período endêmico” que é
diferente de uma epidemia. “Permanecemos com o vírus circulante, mantemos um
número que não é o desejado, mas são dados que dá para conter. Vamos
intensificar as ações para não chegar a uma epidemia”, disse Andréya.
O
diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas, Luís José de
Souza, informou que a unidade de saúde está sobre carregada, porque os
pacientes procuram o CRDI, logo no inicio dos sintomas. “Nós pedimos a
população para que nos primeiros sintomas da chinkungunya, procure a unidade de
saúde mais próxima, lá eles vão ter o atendimento necessário. O paciente tem
que procurar o CRDI preferencialmente, após os 14 dias iniciais quando está com
dificuldades de levantar e andar”, finalizou Luís José.
Também
participaram do anúncio das ações, o secretário de Desenvolvimento Ambiental,
Leonardo Barreto; o superintendente de Postura, Victor Montalvão; e o diretor
do CCZ, Marcelo Sales.