Fotos: Carlos Grevi / Mauro de Souza

Economista fala de dificuldades e manobras para viver com mínimo
A partir do início de 2013 o
salário mínimo será reajustado de R$ 622 para R$ 678. O aumento de cerca
de 9%, que equivale a R$ 56, considerou a variação de crescimento e o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
De acordo com o
economista Paulo Sanguedo, o reajuste é muito pequeno para quem recebe e
caro para quem paga, já que o encargo social pode chegar até 80%.

“O
reajuste salarial dos deputados é de 62%, enquanto de um trabalhador ou
pensionista é de apenas 9%. Se fizermos uma conta rápida com o que uma
pequena família composta por pai, mãe e dois filhos gasta de leite por
dia, o gasto é grande. Vamos supor que cada litro custe R$ 2, e gastem
dois por dia, no final do mês só de leite a família vai gastar R$ 120.
Fora as demais contas e despesas. Apenas o valor de R$ 678 não dá para
essa família sobreviver”, disse.

Para
o economista, o que salva a população é o somatório de salários no
final do mês. “Com o salário da mãe mais o do pai e o dos filhos, dá uma
renda de mais de R$ 2.700. Mas existem famílias que contam apenas com
dois salários mínimos mais as bolsas sociais do governo. Com esse
dinheiro a família consegue pagar as contas e fazer as compras do fim do
mês”, comentou.
No Estado do Rio de Janeiro, o salário mínimo
tem valor diferenciado com o do Governo Federal. Aqui os assalariados
ganham R$ 729,58 por mês, e esse valor também deve ser reajustado.

Segundo
Sanguedo, existe uma dívida nacional com a previdência de R$ 42
bilhões. “Com o dinheiro que o INSS consegue recolher por mês ele paga o
mínimo, o problemas são os altos salários federais”, ressaltou.

Para o economista o valor mínimo considerado ideal para um pai de família manter esposa e dois filhos seria de R$ 2.500.
“Com
esse valor o assalariado conseguiria manter a casa, com alimentação
digna e boa educação. Teria dinheiro para manter a família de uma forma
digna e honrando todos os compromissos”, finalizou.
Fonte: Site Ururau
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