O imposto cobrado para carros de 1000 cilindradas é de 2%, ante 0% que estava vigente
A volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) já
provocou aumento no preço dos automóveis novos e a tendência é que os
valores subam entre 3% e 3,5%, segundo o presidente da Federação
Nacional da Distribuição de Veículos Aumotores (Fenabrave), Flávio
Antonio Meneghetti.
Segundo
Meneghetti, o aumento não será exagerado. “A indústria trabalha com
seus custos, mas tem que respeitar o mercado. Nada de exacerbação vai
acontecer. O mercado vai falar mais forte. Agora (o preço) está subindo
como consequência da remarcação do IPI e eventualmente como recomposição
de margem”.
De
janeiro a março, o imposto cobrado para carros de 1000 cilindradas é de
2%, ante 0% que estava vigente. De abril a junho, a taxação será de
3,5% para esses modelos. Já os de 1000 a 2000 cilindradas flex estão com
imposto em 7% e passarão a ter 9% de cobrança a partir de abril. No
caso dos movidos à gasolina, de 1000 a 2000 cc, a taxação é de 8% e
pulará para 10%. A alíquota original do IPI para os carros de 1000 cc é
de 7%; para os flex de até 2000 cc é de 11%; para os movidos a gasolina é
de 13%.
Para
ele, o impacto do IPI nas vendas ainda será sentido em 2013.
“Certamente o impacto vai acontecer. Por isso negociamos com o governo
para que ele (imposto) fosse retirado escalonadamente, ou seja, em seis
meses, ele vai voltar ao patamar normal. Acreditamos que o primeiro
trimestre vai ser o mais difícil, mas temos ainda um estoque de preços
velhos que vai garantir uma certa atividade nos meses de janeiro e
fevereiro. E, a partir do segundo trimestre, com a retomada já da
economia em seu ritmo normal, acreditamos que o país vá crescer 3% e o
mercado voltará a acompanhar esse número”, disse o presidente da
Fenabrave.
Hoje, a associação anunciou que as vendas de carros, veículos comerciais leves (como vans e
furgões), caminhões e ônibus bateram recorde histórico em 2012. Foram
comercializadas 3.801.859 unidades no acumulado do ano passado, o que
representou aumento de 4,65% em comparação a 2011. Excluindo-se o
comércio de caminhões e ônibus, as vendas de veículos (carros e
comerciais leves) cresceram 6,11% em 2012 em comparação ao ano anterior.
Segundo
Flávio Antonio Meneghetti, o recorde foi resultado principalmente da
redução da alíquota do IPI. “Em maio, estávamos prevendo um número
negativo para o ano como um todo. Depois do esforço conjunto entre
governo, indústria, bancos e concessionárias conseguimos reverter esse
número e terminamos o ano com um aumento de 6,1% (quando considerada
apenas a venda de automóveis e comerciais leves)”, disse.
Para
2013, a federação projeta crescimento de 3% nas vendas de automóveis e
comerciais leves e de 2,82% nas vendas de veículos como um todo
(englobando carros, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos).
“Estamos imaginando que o PIB vá crescer 3%. Se o PIB crescer 3%, ele
terá força para puxar a indústria como um todo e, atrás dele, o mercado
consumidor. Então, acreditamos que vamos acompanhar o crescimento do
PIB”, disse Meneghetti.
Fonte: Campos 24 Horas
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