quarta-feira, 21 de maio de 2014

Representantes de hospitais irão prestar contas de serviços e repasses


Os hospitais filantrópicos e psiquiátricos de Campos tem prazo de 15 dias para encaminhar à Câmara de Vereadores um relatório mensal de prestação de contas dos repasses recebidos pela prefeitura durante o ano de 2013, bem como os procedimentos e serviços prestados. A decisão foi anunciada em audiência pública realizada ontem no plenário do Legislativo com os representantes das unidades hospitalares.
Entre outras deliberações na audiência pública de ontem, na pauta da sessão desta terça-feira deve ser aprovado requerimento para que as contas dos repasses aos hospitais sejam disponibilizadas no Portal da Transparência da Câmara.
Em outra medida definida pelos vereadores e os diretores das instituições de saúde, a Câmara realizará também duas vezes por ano audiências públicas para que os hospitais apresentem prestações de contas e respondam aos questionamentos dos vereadores sobre a qualidade do atendimento.
“Foi uma audiência bastante produtiva. Queremos ser parceiros, buscar solução para os problemas dos hospitais, mas também cobrar porque o orçamento para a Saúde no município de Campos é superior ao dos municípios do Norte/Noroeste Fluminense e até de muitas cidades do Estado do Rio num todo. A prestação de contas é necessária”, afirmou o vereador Nildo Cardoso (PMDB), que presidiu a audiência. 
Os vereadores relataram várias situações dramáticas vividas por pacientes. Entre as principais queixas apontadas pelos parlamentares, a demora na marcação de cirurgias e procedimentos emergenciais, além das filas para marcação de consultas.
Por sua vez, os representantes dos hospitais se queixaram de outro problema, igualmente enfrentado por outros hospitais de Campos: a sobrecarga da demanda de atendimento a pacientes procedentes de municípios vizinhos.
“Em determinadas áreas, 30% do atendimento é de pessoas de outros municípios. Todos os dias veículos de outras cidades estacionam trazendo pessoas quase sempre com mais de 70 anos. Não podemos negar assistência a ninguém, mas sem que as prefeituras destas cidades repassem a devida complementação pelos serviços nossos problemas se agravam”, afirmou o diretor presidente do Hospital da Beneficência Portuguesa, Jorge Miranda. 
Além de Miranda, estiveram também presentes os representantes da Santa Casa de Misericórdia, José Fernando Rios Rocha; do Hospital dos Plantadores de Cana, Adelsir Barreto; do Alvaro Alvim, Flávio Hoelzle; do Hospital Abrigo João Vianna, José Rolando Rocha de Almeida. O Henrique Roxo não quis enviar representante.   
A audiência pública com os hospitais resultou de um requerimento do vereador Nildo Cardoso, na sessão do dia 8 de abril, aprovado por unanimidade em plenário, para que os diretores fossem convocados a fim de explicar onde estão sendo aplicados os recursos repassados pelo poder público.
“Fui motivado por uma situação que envolveu uma adolescente do distrito de Santa Maria  que levou quatro anos para ser submetida a uma cirurgia. Não entendo a morosidade se o dinheiro está entrando no caixa dos hospitais conveniados com a prefeitura”, afirmou

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