Professores das redes municipal e estadual do
Rio de Janeiro decidiram nesta quarta-feira entrar em greve a partir da próxima
segunda-feira, dia 12, por melhorias trabalhistas. Em assembleia bastante
tumultuada e dividida, que durou mais de quatro horas, organizada pelo
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), eles votaram
por cruzar os braços por tempo indeterminado.
Professores decidiram que a greve começará
apenas na segunda-feira para terem tempo de percorrer as escolas e mobilizarem
os colegas, para respeitarem o prazo legal de três dias de antecedência de
aviso ao governo para o início da paralisação e evitar multas na Justiça, e
também para que o início da greve fosse o mesmo que em outros municípios.
“Entendemos que existem profissionais a serem
convencidos ainda e nesses dias até o início da greve, vamos percorrer as
escolas para que a greve comece forte na segunda-feira. As negociações com a
prefeitura e o governo estão muito devagar. A prefeitura não apresentou nenhum
índice de reajuste até agora”, disse Alex Trentino, coordenador geral do Sepe.
Durante a assembleia, alguns professores
chegaram a propor que os docentes estaduais não entrassem em greve junto com os
da rede municipal da capital, e admitiram que na rede estadual eles estão menos
mobilizados que no ano passado.
Em nota, a secretaria estadual de Educação
lamentou a greve “inoportuna”. O governo também lembrou que o secretário de
Estado de Educação, Wilson Risolia, recebeu representantes da União dos
Professores Públicos do Estado (Uppes) e do Sepe que compõem o Grupo de
Trabalho formado a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para dar
continuidade aos debates sobre as principais reivindicações iniciadas em 2013.
“Os maiores prejudicados com a greve serão os alunos da rede pública”, disse a
secretaria estadual.
No dia 15 de maio, às 11h, o Sepe promoverá
outra assembleia de professores, que devem fazer um ato público no mesmo dia.
No dia seguinte, dia 16, eles têm audiência marcada com a prefeitura do Rio
para falar de propostas.
O Sepe acredita que cerca de 50% dos
professores estaduais e municipais tenham aderido à paralisação
pré-assembleia convocada nesta quarta-feira. De acordo com as
secretarias de Educação do Estado e do município do Rio, todavia, a situação
nas escolas era considerada normal.
Campos 24 Horras
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