O debate é polêmico. E a atmosfera no
momento é eleitoral. Mas a educação pública foi tratada com apartidarismo e
seriedade que merece na sessão de ontem da Câmara Municipal de Campos pela
vereadora Professora Auxiliadora Freitas (PHS). A parlamentar se pronunciou em
razão do desempenho de Campos na avaliação feita pelo Índice de Desenvolvimento
da Educação Brasileira (IDEB) no ano de 2013, recentemente divulgado, após
parlamentares oposicionistas ao governo Rosinha e à candidatura de Garotinho ao
governo do Estado, atribuírem culpa à gestão do município.
A parlamentar se revelou satisfeita
com o que classificou como empenho na discussão da educação no parlamento
municipal. Mas disse entender que o debate tem que acontecer à nível de país. E
que a educação no Brasil é sofrível.
- A educação brasileira é uma das
piores do mundo. Um relatório elaborado pelo OCDE, composto apenas de países
ricos, com 35 países pesquisados, o Brasil aparece apenas à frente da Indonésia
– disse.
Segundo Auxiliadora, o município avançou
no IDEB. Para comprovar sua afirmativa, apontou dados referentes às escolas que
ultrapassaram a meta estabelecida para o ano de 2021. Também afirmou que jamais
se disse na Câmara de Campos que a educação do município é a ideal. E ainda
disse que é necessário apurar as denúncias de irregularidades na avaliação
feita nas escolas da rede estadual.
- Não me lembro de que alguém tenha
cantado em prosa e verso nas sessões da Câmara que a educação municipal vai
“muito bem, obrigado”. Em Campos ela está indo, mas ninguém nunca falou que
está uma maravilha. O que nós falamos é o que está avançando e o que está
acontecendo. Educação é processo. Temos escolas que atingiram a meta de 2021.
Tivemos a direção do SEPE que disse que o resultado do IDEB no Estado do RJ é
falso – disse Auxiliadora.
Em seu argumento, a parlamentar ainda
cita que um dos problemas da educação pública brasileira é a política econômica
capitalista e selvagem, em que o orçamento é usado pra pagar juros da dívida.
Ela pondera que o dinheiro pago de juros deixa de ser aplicado em políticas
públicas importantes, como educação e saúde. E cita que o país vive no momento
dois escândalos: a corrupção na maior estatal do Brasil, a Petrobrás; e o
resultado do IDEB.
- Um país de que não cuida da
educação não tem amor ao seu povo. O resultado do IDEB no Brasil reflete isso.
O dinheiro vai para o pagamento de juros, para a corrupção, como esse escândalo
que estamos acompanhando envolvendo a Petrobrás, com a participação de doleiros
e políticos, num prejuízo de mais de 12 bilhões de Reais desviados dos cofres
públicos. Dinheiro que poderia estar sendo investido na educação, mas que está
indo para a corrupção. – pontou.
Assessoria da vereadora
Assessoria da vereadora
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