quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Professora Auxiliadora: Educação pública no Brasil é uma das piores do mundo



O debate é polêmico. E a atmosfera no momento é eleitoral. Mas a educação pública foi tratada com apartidarismo e seriedade que merece na sessão de ontem da Câmara Municipal de Campos pela vereadora Professora Auxiliadora Freitas (PHS). A parlamentar se pronunciou em razão do desempenho de Campos na avaliação feita pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (IDEB) no ano de 2013, recentemente divulgado, após parlamentares oposicionistas ao governo Rosinha e à candidatura de Garotinho ao governo do Estado, atribuírem culpa à gestão do município.

A parlamentar se revelou satisfeita com o que classificou como empenho na discussão da educação no parlamento municipal. Mas disse entender que o debate tem que acontecer à nível de país. E que a educação no Brasil é sofrível.

- A educação brasileira é uma das piores do mundo. Um relatório elaborado pelo OCDE, composto apenas de países ricos, com 35 países pesquisados, o Brasil aparece apenas à frente da Indonésia – disse.

Segundo Auxiliadora, o município avançou no IDEB. Para comprovar sua afirmativa, apontou dados referentes às escolas que ultrapassaram a meta estabelecida para o ano de 2021. Também afirmou que jamais se disse na Câmara de Campos que a educação do município é a ideal. E ainda disse que é necessário apurar as denúncias de irregularidades na avaliação feita nas escolas da rede estadual.

- Não me lembro de que alguém tenha cantado em prosa e verso nas sessões da Câmara que a educação municipal vai “muito bem, obrigado”. Em Campos ela está indo, mas ninguém nunca falou que está uma maravilha. O que nós falamos é o que está avançando e o que está acontecendo. Educação é processo. Temos escolas que atingiram a meta de 2021. Tivemos a direção do SEPE que disse que o resultado do IDEB no Estado do RJ é falso – disse Auxiliadora.

Em seu argumento, a parlamentar ainda cita que um dos problemas da educação pública brasileira é a política econômica capitalista e selvagem, em que o orçamento é usado pra pagar juros da dívida. Ela pondera que o dinheiro pago de juros deixa de ser aplicado em políticas públicas importantes, como educação e saúde. E cita que o país vive no momento dois escândalos: a corrupção na maior estatal do Brasil, a Petrobrás; e o resultado do IDEB.


- Um país de que não cuida da educação não tem amor ao seu povo. O resultado do IDEB no Brasil reflete isso. O dinheiro vai para o pagamento de juros, para a corrupção, como esse escândalo que estamos acompanhando envolvendo a Petrobrás, com a participação de doleiros e políticos, num prejuízo de mais de 12 bilhões de Reais desviados dos cofres públicos. Dinheiro que poderia estar sendo investido na educação, mas que está indo para a corrupção. – pontou.

Assessoria da vereadora

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