Prefeita de SJB esquenta polêmica de sua prisão pela Polícia Federal
A prisão da prefeita de São
João da Barra, Carla Machado (PMDB), ocorrida no dia 02 de outubro,
cinco dias antes da realização do pleito municipal, ganhou novo capítulo
neste domingo (28/10), quando a prefeita fez uma postagem em um site de
relacionamento, relatando de forma contundente sua posição sobre esse
grave fato político, onde ataca diretamente o delegado titular da
Polícia Federal, doutor Paulo Cassiano e o deputado federal Anthony
Garotinho, e destaca a ida a Brasília na última semana onde esteve em
audiência com o ministro José Eduardo Cardoso, a quem apresentou todas
as informações e de quem teria recebido a recomendação para protocolar
junto ao Ministério Público, o que fez nesta sexta-feira (26/10).
Na
postagem que pode ser conferida na íntegra abaixo, a prefeita de SJB
faz declarações como a de que o Delegado de Campos seria orientado por
Garotinho e que a operação denominada “Machadada”, seria operação
“Palanque”. Carla Machado diz de forma bem clara demonstrando que vai
verdadeiramente para o enfrentamento, que o delegado, que viria
realizando ações arbitrárias frente a Delegacia de Campos, além de
voltar a destacar que o fato de ser presa vinha sendo anunciado pela
oposição desde junho.
Sobre a operação a prefeita classificou, entre outras coisas, como absurda, ilegal e patética.
Por telefone, Carla Machado disse ao Site Ururau
que nesta postagem, que afirmou ainda ser a primeira de uma série,
apenas falou do comportamento ‘arbitrário’ do Delegado, na véspera das
eleições. “Vou dar sequência com outras informações. Na gravação feita
pela Polícia Federal foram divulgados apenas os trechos de interesse e
retirado, por exemplo, a negativa do Tribunal Regional Eleitoral sobre o
pedido da minha prisão. Nunca comprei voto e nunca comprei ninguém.
Foram divulgados apenas trechos de interesse do delegado”, disse Carla
Machado.
Perguntada sobre a possibilidade de Neco, candidato eleito a
prefeitura de São João da Barra, não assumir o cargo, diante das
denúncias de compra de voto e formação de quadrilha, Carla disse:
“Chororô de perdedor, porque não existe formação de quadrilha e nem
inelegilibilidade”.
A equipe de reportagem tentou contato, via telefone, com o deputado Garotinho, mas não obteve êxito.
PAULO CASSIANO: “EU NUNCA VI GAROTINHO, NÓS NUNCA NOS FALAMOS”.
Em entrevista concedida ao
Site Ururau e
à Band FM no dia 06 de outubro, véspera da eleição, o delegado Paulo
Cassiano reforçou sua posição diante dos questionamentos apresentados
pela Prefeita e seus advogados, e mais, voltou a afirmar o que já havia
dito em coletiva no dia seguinte da operação: “Todo tratamento dado a
ela foi dado como a qualquer outro criminoso”.
O
Delegado Chefe da Polícia Federal em Campos, o Dr. Paulo Cassiano,
engajou-se de corpo e alma no processo político eleitoral em São João da
Barra. O histórico de arbitrariedades praticadas pelo Delegado,
possivelmente sob orientação do Deputado Federal Anthony Garotinho,
começou no período de convenções para escolha dos candidatos às eleições
municipais, 15 de junho, quando sem mandado judicial, a PF estacionou
viatura em frente ao almoxarifado da Secretaria de Saúde, tendo sido um
criado um estardalhaço na cidade que foi amplamente divulgado pela
imprensa. Vale relembrar, que à época, o Delegado falou para o nosso
procurador Dr. Rui, que a denúncia partira de uma empresa e após, em
entrevista a imprensa, disse que a denúncia havia sido da oposição
liderada por Anthony Garotinho.
Os vereadores oposicionistas na ocasião,
apresentaram uma Moção de Aplausos ao Delegado pela operação, o que foi
na verdade, uma mera apreensão de amostras de remédios, numa visita
feita por agentes da PF a convite do nosso Procurador, o que foi
REPROVADO na ocasião pela maioria dos vereadores, pela percepção de que
era um fato com o propósito de afetar a minha imagem e com isso
prejudicar a disputa eleitoral. Seguindo com a sua perseguição política,
no dia 30 de junho, 15 dias após o ocorrido, na convençao do PR, como
um ADIVINHADOR, ou talvez, por ter INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA, o
destemperado e belicoso Deputado Federal Garotinho, como um oráculo após
falar que eu andava soberba com os meus índices de popularidade e que
estava sonhando acordada, disse que havia uma quadrilha instalada em São
João da Barra chefiada por mim e, que antes que a eleição terminasse,
haveria a minha prisão, como também de um grupo grande de pessoas
ligadas a mim, conforme ocorreu, às vésperas da eleição, na linha da
pseudopremonição do Deputado Garotinho.
Convém, ainda que en passant, que
todas as peripécias até aqui relatadas, produziram uma pesquisa,
divulgada logo após a operação-palanque do Delegado, na qual, segundo
seus dados inverossímeis, NÃO CONFIRMADOS NAS URNAS, que eu havia
despencado na avaliação da população e que o Neco havia sofrido abrupta
queda nas intenções de votos. Na consecução do plano diabólico
engedrado, em cumprimento da "profecia" anunciada na convenção, no dia
25 de setembro, a Delegacia da PF, onde o Dr.Paulo Cassiano é CHEFE,
através de um Delegado subordinado, formula um PEDIDO DE PRISÃO
TEMPORÁRIA minha e de Alexandre Rosa, sob o pueril fundamento da
existência de uma quadrilha, o que pretendia apenas materializar a
"PROFECIA", externada pelo Deputado Garotinho, adequando a "premonição
ao fato", como "a mão à luva", na expressão Machadeana.
É ÓBVIO que esse
pedido de prisão temporária era apenas o coroamento da ação espúria
orquestrada, que se obtivesse o seu DEFERIMENTO, estaria oferecendo essa
prisão, como verdadeira oferenda a seu mentor; mas como esta pretensão
de prisão temporária era ABSURDA, ILEGAL, PATÉTICA, razão pela qual foi
INDEFERIDA pelo JUIZ Leonardo Antonelli, que a considerou totalmente
DESNECESSÁRIA. No dia 02 de outubro, o Delegado tomou CIÊNCIA PESSOAL do
indeferimento do pedido de prisão temporária e que não havia conseguido
ludibriar o juiz relator do feito, e NESTE MESMO DIA, determinou a
subordinados seus, que procedessem a PRISÃO EM FLAGRANTE minha e de
ALEXANDRE, justamente pelo mesmo crime de quadrilha em razão do qual,
havia formulado os pedidos de prisão que haviam sidos indeferidos pelo
juiz. Se até aqui haviam apenas indícios das ilegalidades praticadas
pelo Delegado, a partir deste último episódio o ABUSO DE AUTORIDADE, a
ARBITARIEDADE, a PERSEGUIÇÃO PESSOAL, o DESVIO COMPORTAMENTAL e ÉTICO do
Delegado Paulo Cassiano, torna-se EVIDENTE.
De acordo com o conceituado
advogado criminalista, Dr.PAULO RAMALHO, que me representa nesta ação, o
delito de quadrilha, é de natureza habitual, que a rigor, IMPEDE A
LAVRATURA DO FLAGRANTE, eis que este materializa apenas o momento - daí
porque o flagrante ser conceituado como a "certeza habitual do crime",
uma vez que não é possível ao flagrante dar certeza sobre a prática dos
atos pretéritos, que conjugados, formam a habitualidade delituosa. Mesmo
que ainda fosse possível o flagrante no delito de quadrilha, seria
ABSURDO e DISPARATADO conceber-se prisão em flagrante, de apenas DUAS
PESSOAS, quando a lei exige pelo menos QUATRO. Dr Paulo Ramalho citou na
representação feita, em face do Delegado Chefe da Polícia Federal, Dr
Paulo Cassiano, num EXEMPLO PURAMENTE DIDÁTICO, e retomando aos tempos
em que o adultério se constituia em crime, o que fez o Delegado,
prendendo a mim e o Alexandre em flagrante por um crime que exige no
mínimo quatro pessoas, corresponderia a prender-se em flagrante por
adultério, uma mulher na companhia APENAS do seu travesseiro.
Considera
também o meu advogado, INACREDITÁVEL o ocorrido e revela que a PRISÃO EM
FLAGRANTE foi ARBITRÁRIA, ILEGAL, ESTÚPIDA e que a conduta do Delegado é
merecedora de exemplar repressão legal. Nas várias ENTREVISTAS
concedidas à Imprensa, o Delegado OMITIU que o TRIBUNAL REGIONAL
ELEITORAL havia NEGADO a minha prisão temporária e de acordo com o
ENTENDIMENTO que melhor lhe atendeu, prendendo a mim e ao Alexandre
Rosa, apenas DOIS, em flagrante, pelo delito de quadrilha, quando a Lei
exige, no mínimo, QUATRO.
No dia 06 de outubro, justamente na VÉSPERA DO
PLEITO, como convinha a quem pretendia influir no resultado eleitoral, o
Delegado deu estrondosa entrevista ao jornal "O Diário" (meio de
comunicação que todos sabem do controle que Garotinho exerce) e
declarou: "VÍNHAMOS TENTANDO prendê-la (referindo-se a mim) em flagrante
pelo crime eleitoral, mas como NÃO TIVEMOS OPORTUNIDADE, TIVEMOS que
prendê-la em flagrante pelo crime de quadrilha", deixando evidente o
ABUSO DE AUTORIDADE e o desvio de finalidade da sua ação, e confessou
expressamente seus desmandos e malfeitos. Os fatos expostos, nos levam a
crer que o Dr. Paulo Cassiano desviou-se deliberadamente das suas
funções policiais, engajando-se no processo político eleitoral da
cidade, colocando seu cargo e sua função a serviço dos interesses do
Deputado Federal Garotinho e meus adversários, na busca de vencer o
pleito local, que se tivessem sido vencedores, assumiriam a prefeitura
de um município relevante, de notório futuro de desenvolvimento
econômico e de negócios empresariais, circunstâncias que, atraem toda
sorte de aventureiros e espoliadores do erário público, cujos frutos,
devem retornar a população local e NUNCA a assaltantes dos cofres
públicos, ainda que eventualmente mascarados, de representantes do povo.
Ainda no dia 06, sábado, véspera da eleição, Dr. Paulo Cassiano,
ignorando a função de um inquérito policial, que é apurar materialidade e
indicio de autoria, transmudando-se em falso juiz, passou a população
um leviano juízo de condenação, no dia anterior ao pleito, nas Rádios
Band Fm e Grussaí FM(comunitária), mostrando o seu engajamento no
processo político eleitoral local, emitindo um leviano juízo de
condenação, com nítido abuso de autoridade, diante a constatação da
derrota iminente, e no desespero e angústia que costuma acometer os
derrotados nas vésperas de suas quedas.
Com todo o ocorrido que acabei
de expor, foi demonstrado e RECONHECIDO pelo povo da minha terra, a
minha LEALDADE, ÉTICA e COMPROMISSO, e foi dado a NECO e ALEXANDRE, uma
EXPRESSIVA VITÓRIA no pleito, obtendo 62 por cento dos votos. A conduta
do Dr. Paulo Cassiano serve como PÉSSIMO exemplo de autoridade pública,
maculando com o seu comportamento, princípios da moralidade, legalidade e
impessoalidade, porque pôs seu cargo e sua função a serviços de
interesses eleitorais.
Pelo relatado, pela minha INDIGNAÇÃO e
SOFRIMENTO, pelo constrangimento que este senhor me impôs, estive em
estive em BRASÍLIA, com o excelentíssimo Sr. Ministro de Estado da
Justiça Federativa do Brasil, Dr.JOSÉ EDUARDO CARDOSO, a quem relatei e
encaminhei a representação em face do Delegado Paulo Cassiano,
solicitando as sanções cabíveis. POR HORA, me ative a conduta do
delegado, que violou todos os preceitos da legalidade, executando a
minha prisão de forma arbitrária, mas estarei ESCLARECENDO todos os
fatos ocorridos e que foram VERGONHOSAMENTE manipulados e utilizados por
ele, para atingir a sua finalidade e a dos meus adversários, de forma
PERSEGUIDORA e ESPÚRIA. E para terminar, como alguém que VERDADEIRAMENTE
acredita e teme a Deus, tenho a confiança de que a VERDADE prevalecerá,
é uma questão apenas, de TEMPO.
Fotos e reportagem do Site Ururau