Torre de energia elétrica
Os
consumidores de energia elétrica da Enel terão que arcar com mais um aumento na
conta de luz a partir deste mês. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
aprovou nesta terça-feira um reajuste médio de 9,70% nas tarifas da Enel. Para
consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 9,65%, e para a baixa
tensão, a alta será de 9,72%. A Enel atende a 3,1 milhões de unidades
consumidoras no Norte Fluminense, Região dos Lagos, Niterói e outros
municípios. As novas tarifas vigoram a partir de 15 de março.
Diante da
majoração, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos, Orlando
Portugal, classificou como “absurdo mais este aumento autorizado para o custo
da energia elétrica”.
— É um
absurdo qualquer aumento de tarifas ou impostos que venham onerar ainda mais o
comércio. As empresas não suportam mais tantas taxas e impostos que impactam
diretamente no seu custeio, levando muitas delas a uma situação de colapso com
tantos encargos, causando mais desemprego e o aumento dos problemas sociais —
ponderou.
Portugal
também frisou que a ausência de concorrência no setor de energia leva a
concessionária a exercer um monopólio que prejudica a população.
—
Lamentavelmente só resta manifestar nossa indignação enquanto ficamos como
reféns e completamente à mercê dos interesses desta empresa que exerce um
monopólio prejudicial ao consumidor — arrematou ainda.
O
dirigente da Carjopa (Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa), Eduardo
Chacur, também reclamou do aumento.
— Com uma
carga tributária excessiva como a nossa, qualquer aumento traz um impacto nos
custos das empresas, que já tem sérias dificuldades diante de tantos impostos —
afirmou.
Em
janeiro, a Superintendência do Procon de Campos recebeu dezenas de reclamações
de consumidores sobre o custo maior das contas de luz que vieram com aumento de
50%, 75% e até 100% em comparação com os valores do mês anterior.
A Enel
respondeu que não houve alteração de tarifa daquele mês ou qualquer
irregularidade na medição e faturamento da companhia. A empresa ainda
acrescentou que, com as altas temperaturas do verão, há aumento no consumo de
energia, devido ao uso mais frequente de aparelhos eletrodomésticos.
Agência
explica motivos para a autorização
A diretora
da Aneel, Elisa Bastos Silva, atribuiu o reajuste ao peso dos impostos no custo
da tarifa de energia. Segundo ela, a alíquota do ICMS no Rio é de 23,9%, e a de
tributos federais, como PIS e Cofins, é de 5,50%, o que impactou a conta de luz
da distribuidora em 41,6%.
— Temos
que nos comprometer com o esforço de conter a alta das tarifas de energia. Isso
é insumo básico para todas as atividades da sociedade. Porém, não pode ser um
esforço só da Aneel, mas também dos governos estaduais e federais — disse a
diretora.
A diretora
da Aneel informou que, “ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no
contrato de concessão, a agência considera a variação de custos associados à
prestação do serviço”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário