O
bebê se chama Arthur e deveria nascer na próxima segunda-feira
Claudineia dos Santos Melo, mãe do
bebê que foi baleado dentro de sua barriga durante um tiroteio na Favela do
Lixão, em Duque de Caxias, ainda não sabe detalhes da tragédia com a criança. A
equipe de psicólogos do Hospital Moacyr do Carmo ainda está aguardando, junto à
família, a hora exata de contar o que realmente aconteceu com o menino Arthur.
Apesar de estar lúcida e estável, Claudineia ainda não há previsão de alta
médica. Ela está internada na UPG (Unidade de Pacientes Graves).
Segundo boletim da
Secretaria municipal de Saúde de Caxias, a última avaliação realizada na
paciente, na manhã desta segunda-feira, indica que ela está estável e
“hemodinamicamente respirando em ar ambiente e alimentando-se por via oral”.
Ela apresenta “fratura em osso ilíaco e será submetida a tratamento
conservador, sem necessidade de cirurgia”. Ainda de acordo com a prefeitura do
município, Claudineia segue em observação e vem apresentando melhoras em seu
quadro clínico.
Arthur permanece em
estado grave, segundo o boletim divulgado pela Secretaria estadual de saúde, na
manhã desta segunda-feira. A criança, que está internada no Hospital estadual
Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, está paraplégica e com um coágulo na
cabeça. O laudo também aponta uma lesão na vértebra, na altura do tórax.
Nesta
segunda-feira, o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, José Carlos
de Oliveiras, visitou Claudineia no hospital. Segundo ele, apenas o marido,
Klebson Cosme da Silva, de 27 anos, e um primo têm comparecido ao hospital. A
mãe de Claudineia, que mora na Paraíba, no Nordeste, ainda não chegou ao Rio.
— O marido
conversou com ela e só disse que o bebê está no CTI. O prefeito de Caxias
determinou que uma equipe com assistente social e psicologo dê total apoio aos
familiares. Estarão ali para prepará-la e ampará-la no momento de contar o que
ocorreu — disse o secretário.
O bebê estava no
nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro. O tiro entrou na
coxa esquerda de sua mãe. Na ocasião, a mulher havia acabado de sair de um
mercado quando começou um confronto entre traficantes da Favela do Lixão, onde
mora, e policiais militares do 15º BPM (Caxias). Os PMs afirmaram , em
depoimento na 59ª DP (Caxias), que foram atacados e não reagiram. Claudineia
foi levada por moradores da favela para o hospital. Ela e o marido moram há um
ano e meio na Favela do Lixão.
Fonte: Extra
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