Campos 24 Horas
As unidades do Restaurante Cidadão da Central do Brasil, no centro do
Rio; de Bangu e da Cidade de Deus, na zona oeste; do Méier, na zona norte e de
Itaboraí, na região metropolitana, fecharam hoje (18) por falta de pagamento do
governo estadual aos gestores do serviço.
As cinco unidades
servem diariamente 12 mil refeições e a dívida com as empresas que administram
os restaurantes é de R$ 31,5 milhões, de acordo com a Secretaria de Estado de
Assistência Social e Direitos Humanos. Os restaurantes servem refeições a R$2.
Acordo
No dia 30 de junho,
o secretário Paulo Melo acertou com a Home Bread a manutenção do serviço, mesmo
com o atraso no pagamento. A empresa administra as unidades dos restaurantes na
Central do Brasil, no Méier, e na Cidade de Deus, além de fornecer café da manhã
nas estações de trem de Santíssimo, Campo Grande, na Zona Oeste; e Japeri,
Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
No dia seguinte, a
secretaria fechou um acordo com representantes de dez empresasque administram
outras 16 unidades do Restaurante Cidadão. No acordo, as empresas decidiram dar
mais dez dias para que o governo do estado pagasse a dívida.
Hoje, Melo se
reuniu hoje com o governador em exercício, Francisco Dornelles, para conseguir
a liberação de recursos. “Falei para o governador Dornelles que a gente tinha
que pagar, no mínimo, dois meses. O governador entendeu e concordou. Ele sabe
que o governo não cumpriu o que tinha assumido com os donos das empresas”,
disse.
No entanto, segundo
Melo, por causa da saída do governo do secretário de Fazenda, Julio Bueno,
anunciada nesta segunda-feira, o governador não conseguiu definir a situação
hoje. “Há um todo realinhamento das finanças, o governador se comprometeu
comigo de amanhã dar uma posição definitiva. Enquanto não tiver uma decisão
definitiva, a secretaria respeita as dificuldades dos donos das empresas e por
mais que lamente, entende o fechamento dos restaurantes”, disse o secretário à
Agência Brasil.
“A Home Bread e os
que foram fechados trabalham para o sistema penitenciário, para o sistema de
saúde e estão sem receber há vários meses em todos esses sistemas”, explicou.
Segundo o
secretário, os prestadores de serviços precisam ser informados com clareza
sobre a situação econômica do estado. “Eu entendo que a gente também tem que cumprir
a palavra ou senão tem que jogar muito aberto e transparente e dizer que não
vai ter condições de pagar. O que não dá é não tratar com lealdade e
transparência.”
Demissão
As empresas que
haviam concordado em aguardar dez dias pelo pagamento vão esperar até
quarta-feira (20) para decidir se mantêm as unidades abertas. Este também é o
prazo que Paulo Melo deu ano governador em exercício para sua permanência na
secretaria, caso a situação não seja resolvida. “Se eu não resolver esta
questão, não existe sentido. Eu não preciso de cargo de secretário. Sou
deputado eleito pela população”, disse.
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