Artigo
de Fábio publicado no dia 07-09-2021
Fábio Ribeiro: Dia da
Independência com temor pela Pátria
-
Divulgação
Em 7 de
setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil e, pela poesia
do Hino Nacional, até as margens do rio Ipiranga ouviram o povo bradando pela
tão sonhada liberdade, pela felicidade de ver a antiga colônia ser igualada politicamente
a Portugal. Muita coisa mudou e, de Monarquia, chegamos à República, ao estado
democrático de direito, com separação dos poderes a fim de que a soberania
popular seja garantida. Infelizmente, neste 7 de Setembro, o que assistimos foi
um Brasil dividido, quebrado em dois extremos, em uma disputa política em que a
Pátria, que deveria ser priorizada, não parece mais tão amada.
Em plena
pandemia da Covid-9, que tirou a emoção dos desfiles cívicos, manifestações
aglomeraram para esquerda e para direita. O Brasil se tornou “independente” há
199 anos, mas nossa democracia é ainda jovem e nossa habilidade do voto,
recente. Em um estado democrático de direito, onde as instituições estão
consolidadas, o debate político foi polarizado, gira em torno de temas como
intervenção militar que, associados à desarmonia verificada entre os poderes
constituídos, ameaçam nossa democracia. A crise política ameaça o país.
No Dia da
Independência, olhares do mundo inteiro se voltaram para o Brasil com a
preocupação da queda de uma das maiores democracias representativas da Terra.
Não há como antecipar, aqui, um balanço ou o resultado deste 7 de Setembro, que
está em curso, enquanto faço este artigo, mas só o clima de apreensão basta
para entristecer o povo brasileiro. Deveria ser um dia especial para defender o
patriotismo, demonstrar nosso espírito cívico, nosso comprometimento com
interesse público e com a promoção de uma sociedade mais justa e estável. Mas,
não!
Há crises
no Brasil e a mais grave delas é a política. Com a política em crise, o diálogo
e o debate são abafados, o bom senso inexiste e, desequilibrados, deixamos de
ser uma sociedade para nos tornamos simplesmente grupos, cada qual defendendo o
seu próprio interesse. Sem equilíbrio, as relações de poder só geram prejuízos
e o que nos resta é temer por nosso povo e por nossa pátria.
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