quinta-feira, 27 de maio de 2021

Morre, aos 96 anos, o sambista e baluarte da Mangueira Nelson Sargento

 

Reprodução - Facebook

O sambista Nelson Sargento morreu, aos 96 anos, nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. Presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como 'Agoniza, mas não morre', eles estava internado no Instituto Nacional do Câncer (Inca) desde a última sexta-feira, quando foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ele deixa a mulher Evonete Belisario Mattos, seis filhos, Antônio Fernando, Marcos Vinicius, Jose Geraldo, Leo Mattos, Ricardo Mattos, Ronaldo Mattos, e Nelson Luis (falecido), netos e bisnetos.

Sargento também sofreu com um câncer de próstata anos atrás. No dia 21 de fevereiro deste ano, ele fez uma de suas últimas aparições públicas ao participar de um manifesto em defesa do carnaval no Museu do Samba. “Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile, mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte: "O samba e o Rio de Janeiro perderam hoje um de seus ícones. Cantor, compositor e artista plástico, Nelson Sargento deixou uma obra marcante, principalmente enaltecendo a sua querida Estação Primeira de Mangueira. Minha solidariedade a familiares, amigos e seus muitos admiradores, como também a todos que perderam pessoas queridas nesta pandemia".

 Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça 15, região central do Rio de Janeiro, Nelson Mattos ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de uma rápida passagem pelo Exército.

 Foi ainda na adolescência que ele despontou na música. Mas foi apenas com 31 anos que o torcedor do Vasco da Gama compôs seu primeiro trabalho de sucesso.

Ao lado de Alfredo Português, em 1955, Sargento escreveu 'Primavera', samba-enredo que também ficou conhecido como 'As quatro estações'. Até hoje, muitos consideram um dos sambas mais bonitos de todos os tempos.

 Ele também escreveu os livros "Prisioneiro do Mundo" e "Um certo Geraldo Pereira". No cinema, ele atuou nos filmes "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas, "Orfeu", de Cacá Diegues, e "Nélson Sargento da Mangueira" de Estêvão Pantoja. Esse último rendeu ao sambista o prêmio Kikito, no Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem.

 

Com informações do G1


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