O sambista Nelson Sargento morreu,
aos 96 anos, nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. Presidente de honra da
escola de samba Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como
'Agoniza, mas não morre', eles estava internado no Instituto Nacional do Câncer
(Inca) desde a última sexta-feira, quando foi diagnosticado com o novo
coronavírus. Ele deixa a mulher Evonete Belisario Mattos, seis filhos, Antônio
Fernando, Marcos Vinicius, Jose Geraldo, Leo Mattos, Ricardo Mattos, Ronaldo
Mattos, e Nelson Luis (falecido), netos e bisnetos.
Sargento também sofreu com um câncer
de próstata anos atrás. No dia 21 de fevereiro deste ano, ele fez uma de suas
últimas aparições públicas ao participar de um manifesto em defesa do carnaval
no Museu do Samba. “Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile,
mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande
carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.
O governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro, lamentou a morte: "O samba e o Rio de Janeiro perderam
hoje um de seus ícones. Cantor, compositor e artista plástico, Nelson Sargento
deixou uma obra marcante, principalmente enaltecendo a sua querida Estação
Primeira de Mangueira. Minha solidariedade a familiares, amigos e seus muitos
admiradores, como também a todos que perderam pessoas queridas nesta
pandemia".
Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça 15, região central do Rio de Janeiro, Nelson Mattos ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de uma rápida passagem pelo Exército.
Ao lado de Alfredo Português, em
1955, Sargento escreveu 'Primavera', samba-enredo que também ficou conhecido
como 'As quatro estações'. Até hoje, muitos consideram um dos sambas mais
bonitos de todos os tempos.
Com informações do G1