segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Lula e Bolsonaro: Diferença de votos é a menor da história

 


O segundo turno das eleições presidenciais deste domingo (30) registrou a menor diferença de votos na história entre os candidatos que disputaram o pleito. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com cerca de 60,2 milhões de votos, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), recebeu aproximadamente 58 milhões — 2,2 milhões a menos. 


O recorde anterior era do segundo turno de 2014. Naquele ano, Dilma Rousseff (PT) foi reeleita presidente da República com 54,5 milhões de votos. O adversário dela, Aécio Neves (PSDB), recebeu pouco mais de 51 milhões. 

Lula vai ocupar a Presidência da República pela terceira vez. Ele já teve dois mandatos como presidente do Brasil, entre 2003 e 2010. O vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB). 

Campanha

Lula foi eleito sob a bandeira de "resgatar a esperança" do Brasil. No plano de governo dele, o petista fala em transformar "um país devastado por um processo de destruição que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias". 

O presidente eleito tem como principal compromisso implantar políticas públicas para socorrer a população mais vulnerável, sobretudo para combater a fome. Lula promete manter o Auxílio Brasil ema R$ 600 e transferir um adicional de R$ 150 para famílias beneficiárias do programa que tenham filhos de até 6 anos — o bônus será pago a cada criança dentro dessa faixa etária. A ideia do petista é retomar o nome Bolsa Família para o programa. 


Ele disse ainda que vai conceder aumento real para o salário-mínimo, ou seja, acima da inflação. Segundo Lula, o governo dele também vai refinanciar as dívidas de todos os brasileiros que estão com o nome sujo no SPC e no Serasa. O presidente eleito ainda garante que vai criar linhas de crédito com juros baixos para micro, pequenos e médios empreendedores a fim de estimular a geração de empregos.  


A proposta de governo de Lula também fala em implementar uma nova legislação trabalhista, de proteção social a todas as formas de ocupação, de emprego e de relação de trabalho. O petista quer dar maior atenção a profissionais autônomos e domésticos, a trabalhadores que atuam de casa e aos mediados por aplicativos e plataformas. 


Para a saúde, o presidente eleito tem como metas fortalecer e aprimorar a gestão do SUS (Sistema Único de Saúde), com a valorização e formação de profissionais de saúde e a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reconstrução e o fomento ao Complexo Econômico e Industrial da Saúde. 


Lula garante também que vai investir em educação de qualidade e fortalecer a educação básica, da creche à pós-graduação. Segundo ele, o governo vai coordenar ações com estados e municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação.


Segundo o petista, ele vai se reunir com os 27 governadores eleitos neste ano e montar um planejamento para retomar obras paradas e definir obras prioritárias. De acordo com ele, o governo federal vai buscar financiamento e a cooperação — nacional e internacional — para o investimento público e privado, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, serviços, agricultura de alimentos e indústria. 


Além disso, o presidente eleito pretende aprimorar o Sistema Único de Segurança Pública. De acordo com o plano de governo dele, serão realizadas reformas para ampliar a eficiência do sistema por meio da modernização das instituições de segurança, das carreiras policiais, dos mecanismos de fiscalização e supervisão da atividade policial e do aprimoramento das suas relações com a Justiça criminal. 


Ainda segundo Lula, ele vai ampliar a quantidade de ministérios no próximo ano. Hoje, são 23 as pastas do governo federal. O petista pensa em criar ao menos outras dez: Segurança Pública, Desenvolvimento Agrário, Pesca, Pequena e Média Empresa, Cultura, Povos Originários, Direitos Humanos, Planejamento, Mulher, Fazenda e Igualdade Racial.


Fonte: R7

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