segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Câncer de mama: Diagnóstico precoce facilita o tratamento e reduz a mortalidade


Para este ano foram estimados 66.280 novos casos de neoplasia mamária



Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama, neoplasia mais incidente em mulheres, sendo também a que mais mata. Segundo informou a oncologista e paliativista do Núcleo de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde, Elizabeth Uhl, dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, para este ano, foram estimados 66.280 novos casos de carcinoma mamário.

 

Em Campos, a prefeitura vem desenvolvendo um trabalho no intuito de fazer com que as pacientes tenham acesso ao exame, que é fundamental para a detecção precoce da doença: a mamografia.

 

“A Campanha Outubro Rosa é uma excelente oportunidade para a gente poder colocar em prática quais são os sinais, os sintomas e o que é prevalente no câncer de mama. Precisamos falar de diagnóstico precoce e prevenção, porque quanto mais informação a população tiver, mais acesso ao exame essa mulher terá”, ressaltou a oncologista.

 

A médica destaca a importância do diagnóstico precoce, já que em até 90% dos casos de carcinoma mamário tem possibilidade de cura, se diagnosticado no estágio inicial da doença.

 

“Quando o tumor chega a ser palpável é porque ele já está muito avançado. Por isso, na nossa prática clínica diária, a gente orienta para que as pacientes acima de 40 anos façam a mamografia porque é o único exame capaz de fazer a detecção precoce, ou seja, aquela lesão que não é palpável. Dessa forma, o sucesso no tratamento é bem maior”, afirmou.

 

FATORES DE RISCO

 

Uhl pontua que o fator idade é de suma importância para casos de neoplasia mamária. Portanto, mulheres acima de 50 anos estão mais expostas a esse tipo de carcinoma. Outros fatores incluem mutações genéticas (ser portadora dos genes BRCA1 e BRCA2), hereditariedade (casos familiares de câncer de ovário), obesidade, tabagismo.

 

“Quanto mais jovem a mulher menstruar e mais tarde entrar na menopausa, maiores serão as chances de ela ter câncer de mama. Já as mutações genéticas ocorrem em 9% a 10% dos casos. No caso de carcinoma mamário na família, sobretudo de primeiro grau (mãe, irmã, tia e avó), o cuidado deve ser redobrado. Dessa forma, a paciente, entre 35 e 40 anos, deve procurar um ginecologista para que tenha um diagnóstico individualizado”.

 

PREVENÇÃO

 

Como forma de prevenção, a médica reforça que “é importante combater o sedentarismo, pois a obesidade é um fator que também está relacionado ao carcinoma mamário. Então, a gente precisa mudar o estilo de vida, melhorar a nossa alimentação e fazer atividade física para que as chances de ter câncer diminuam”.

 

A oncologista enfatiza a importância do autoexame e ressalta a ideia de “seja você um agente da sua própria saúde”.

 

“É muito importante que aquela mulher com acesso a essas informações que procure o médico, faça o seu exame e seu autoexame e, caso note alguma lesão na mama ou algo que a chame a atenção, busque assistência médica, porque quanto mais cedo você procurar ajuda profissional, mais sucesso terá no tratamento”, concluiu Elizabeth.

 

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