O
presidente da Fundação Municipal da Infância e Juventude, Fabiano de Paula,
abordou a colocação no mercado de trabalho do jovem que tem histórico de
infração ou situação de acolhimento. “A questão do primeiro emprego tem que
caminhar junto com a inclusão”, disse, afirmando que os jovens precisam ser
preparados, com qualificação e acompanhamento.
“Essa
audiência pública nasceu de um debate que tivemos há algumas semanas. Eu não
tinha noção da dimensão do problema. Cada um tem ideias fantásticas, mas vemos
que existem barreiras que precisam ser quebradas”, explicou Leon Gomes. “Temos
que buscar que as leis existentes sejam cumpridas”, afirmou o vereador,
cobrando o comprometimento das empresas.
A
representante da Fundação CDL, Kelly Mendonça, falou sobre a Lei da
Aprendizagem. “A Lei 10.097/2000 é uma lei que prevê a garantia do primeiro
emprego para jovens de 14 a 24 anos. Prevê a inserção do jovem no mercado de
trabalho através das empresas de médio e grande porte”, resumiu.
Ela
também falou sobre os impactos positivos do programa de aprendizagem. O
primeiro é na educação, uma vez que o jovem para ser contemplado precisa estar
na escola, evitando a evasão. Outro impacto é na empregabilidade, diante do
percentual de jovens que é contratado após a conclusão do programa.
O
representante da Obra do Salvador, João Carvalho, falou sobre o trabalho da
entidade na busca de vagas para os jovens no mercado de trabalho e compartilhou
a própria experiência. “Hoje eu tenho 24 anos e há alguns anos eu fui Jovem
Aprendiz, então toda minha vida profissional começou através do programa de
aprendizagem. Desde que eu fui Jovem Aprendiz até hoje eu nunca parei de
trabalhar”, disse.
A
subsecretaria de Desenvolvimento Humano e Social, Mariana Barboza, destacou a
ação de abordagem social do órgão. “Ela funciona de duas a três vezes por
semana, quando uma equipe de assistentes sociais vai a alguns pontos da cidade
e identifica esses jovens que muitas vezes estão vendendo doces, pedindo
dinheiro ou cuidado de carros”, informou.
Ela disse
que a Pelinca é a região onde se concentra o maior número desses jovens, que
também podem estar acompanhados de irmãos menores. A equipe realiza a abordagem
e busca o encaminhamento às entidades, visando capacitação. Para a
subsecretária, falta a parceria de empresas para alguns projetos. “Eu quero
deixar isso muito claro aqui e levantar essa bandeira: falta iniciativa de
parceria de empresas para que a gente também possa ajudar a profissionalizar
esse jovem”, concluiu.
Representantes
de empresas privadas tiveram a oportunidade de falar sobre iniciativas com o
Jovem Aprendiz. Alguns jovens que fazem a capacitação e que estão atuando em
empresas também compartilharam experiências, reforçando a importância do
programa.
Participaram
também da audiência o diretor da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA),
Bruno Cordeiro, representantes do Conselho Tutelar, projeto Cativar, Grupo
Barcelos, Isecensa, programa Qualifica Jovem, Criaad, Secretaria Municipal de
Educação Ciência e Tecnologia, Apape, Apae.
*Por Lohaynne Gregório - Câmara
Campos
Fotos: Roberto Joia e Check
02/12/2021
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