quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Audiência pública discute qualificação e primeiro emprego

 

 A qualificação e a inserção dos jovens no mercado de trabalho foram os assuntos abordados na audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes na manhã desta quinta-feira (02). O requerimento para a realização da mesma foi de autoria do vereador Leon Gomes (PDT), que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Minorias.

O presidente da Fundação Municipal da Infância e Juventude, Fabiano de Paula, abordou a colocação no mercado de trabalho do jovem que tem histórico de infração ou situação de acolhimento. “A questão do primeiro emprego tem que caminhar junto com a inclusão”, disse, afirmando que os jovens precisam ser preparados, com qualificação e acompanhamento.

“Essa audiência pública nasceu de um debate que tivemos há algumas semanas. Eu não tinha noção da dimensão do problema. Cada um tem ideias fantásticas, mas vemos que existem barreiras que precisam ser quebradas”, explicou Leon Gomes. “Temos que buscar que as leis existentes sejam cumpridas”, afirmou o vereador, cobrando o comprometimento das empresas.

A representante da Fundação CDL, Kelly Mendonça, falou sobre a Lei da Aprendizagem. “A Lei 10.097/2000 é uma lei que prevê a garantia do primeiro emprego para jovens de 14 a 24 anos. Prevê a inserção do jovem no mercado de trabalho através das empresas de médio e grande porte”, resumiu.


Ela também falou sobre os impactos positivos do programa de aprendizagem. O primeiro é na educação, uma vez que o jovem para ser contemplado precisa estar na escola, evitando a evasão. Outro impacto é na empregabilidade, diante do percentual de jovens que é contratado após a conclusão do programa.

O representante da Obra do Salvador, João Carvalho, falou sobre o trabalho da entidade na busca de vagas para os jovens no mercado de trabalho e compartilhou a própria experiência. “Hoje eu tenho 24 anos e há alguns anos eu fui Jovem Aprendiz, então toda minha vida profissional começou através do programa de aprendizagem. Desde que eu fui Jovem Aprendiz até hoje eu nunca parei de trabalhar”, disse.

A subsecretaria de Desenvolvimento Humano e Social, Mariana Barboza, destacou a ação de abordagem social do órgão. “Ela funciona de duas a três vezes por semana, quando uma equipe de assistentes sociais vai a alguns pontos da cidade e identifica esses jovens que muitas vezes estão vendendo doces, pedindo dinheiro ou cuidado de carros”, informou.

Ela disse que a Pelinca é a região onde se concentra o maior número desses jovens, que também podem estar acompanhados de irmãos menores. A equipe realiza a abordagem e busca o encaminhamento às entidades, visando capacitação. Para a subsecretária, falta a parceria de empresas para alguns projetos. “Eu quero deixar isso muito claro aqui e levantar essa bandeira: falta iniciativa de parceria de empresas para que a gente também possa ajudar a profissionalizar esse jovem”, concluiu.

Representantes de empresas privadas tiveram a oportunidade de falar sobre iniciativas com o Jovem Aprendiz. Alguns jovens que fazem a capacitação e que estão atuando em empresas também compartilharam experiências, reforçando a importância do programa.


Participaram também da audiência o diretor da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), Bruno Cordeiro, representantes do Conselho Tutelar, projeto Cativar, Grupo Barcelos, Isecensa, programa Qualifica Jovem, Criaad, Secretaria Municipal de Educação Ciência e Tecnologia, Apape, Apae.

*Por Lohaynne Gregório - Câmara Campos
Fotos: Roberto Joia e Check
02/12/2021

 

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