Equipe econômica
trabalha para melhorar a receita e amenizar o impacto da pandemia no caixa
fluminense
Equipe do Palácio Guanabara trabalha para amenizar
impacto da pandemia da covid-19 nas finanças. (Foto: Daniel Castelo branco)
Ainda
‘nadando’ contra a corrente da crise financeira agravada pela pandemia de
covid-19, a equipe econômica do Estado do Rio se reúne em uma ‘força-tarefa’
para garantir o pagamento dos salários até o fim do ano, incluindo o décimo
terceiro. O depósito em dia dos vencimentos de agosto (quitados em setembro)
está garantido, mas integrantes do Palácio Guanabara estão agora focados nas
folhas salariais seguintes, já que o cenário ainda preocupa.
Em
abril, no auge da crise, o governo fluminense chegou a divulgar uma previsão
mais catastrófica: de que não haveria arrecadação suficiente para pagar
salários já em agosto. No entanto, diante da reabertura econômica e outras
medidas tomadas pela Secretaria de Fazenda e o Rioprevidência (como a
negociação com credores estrangeiros), a situação foi amenizada – apesar de não
resolvida.
Essa
retomada da Economia poderá ser observada na proposta de Lei Orçamentária Anual
(LOA) para 2021 que o governo enviará à Alerj, em setembro. Como a coluna
mostrou, na última quarta-feira, o déficit previsto no orçamento de 2021 está
sendo revisto. O Legislativo aprovou a proposta de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) – que dá uma base para a LOA – para o próximo ano com um
‘buraco financeiro’ de R$ 26,09 bilhões.
O
secretário estadual de Planejamento, Bruno Schettini, lembrou o contexto vivido
quando o Executivo encaminhou a proposta de LDO. “Enviamos o texto em abril,
cumprindo o prazo constitucional, com uma previsão de déficit de R$ 27,3
bilhões (o valor foi alterado na Alerj). Mas esse cenário da LDO foi construído
no olho do furacão. Optamos por mandar um cenário mais real”, declarou
Schettini à coluna.
“Ou
seja, o governo estava no momento da hecatombe, com a pandemia mais a crise do
petróleo, e teve que desenhar o pior cenário possível. Não à toa, em setembro,
vamos encaminhar a proposta de Orçamento com números diferentes daqueles
previstos na LDO”, acrescentou o secretário.
Entretanto,
o titular da pasta não antecipou a nova previsão, porque, segundo ele, os
cálculos ainda estão sendo feitos.
Schettini
detalhou ainda que, do total do déficit de R$ 26 bilhões previsto na LDO, R$ 16
bilhões são referentes a dívidas que o Rio tem com a União (cujo pagamento das
parcelas e começa a ser retomado, sendo de R$ 10 bilhões em 2021), com o
Judiciário, precatórios, além de outras obrigações.
Negociações
para estender regime fiscal
Também
essa semana continuam as tratativas da Fazenda para que a AGU dê um parecer
para a renovação automática do Regime de Recuperação Fiscal já em setembro. E,
ainda assim, pela lei, o Rio já volta a pagar as parcelas das dívidas
administradas pelo Tesouro Nacional. Por isso, o estado também busca a mudança
da Lei Complementar 159/17 (do regime) para estender a suspensão da cobrança da
dívida.
Fonte: O
Dia
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