As novas recomendações, assim como o
retorno do score do município para a Fase Verde, ou seja, Nível 2 do Plano de
Retomada das Atividades Econômicas e Sociais, sairão no Decreto Municipal
A 31ª Reunião do Gabinete de Crise Covid-19 e Outras Doenças Emergentes e Reemergentes, realizada na manhã desta segunda-feira (13), no Centro Administrativo José Alves de Azevedo (CAJAA), deliberou pela recomendação do uso de máscaras de proteção facial em ambientes coletivos fechados, como, por exemplo, transporte público, escolas de todos os níveis, incluindo universidades, dispositivos de saúde, repartições públicas, teatro e cinema, além de cobrar a vacina para a população elegível, principalmente daqueles com mais idade que ainda não completaram o esquema vacinal.
As
novas recomendações, assim como o retorno do escore geral do município para a
Fase Verde, ou seja, Nível 2 do Plano de Retomada das Atividades Econômicas e
Sociais, serão oficializadas por meio de Decreto Municipal que será publicado
no Diário Oficial, segundo informou o responsável técnico do Departamento de
Vigilância em Saúde, da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção
da Saúde (Subpav), Charbell Kury.
“Nosso
trabalho é feito através dos indicadores de gravidades que são números de
óbitos, internações e fila de espera para leitos clínicos e de UTI. No momento
a situação é de estabilidade com baixo número de óbitos e internações.
Considerando isso, nosso momento é de recomendação, ou seja, estamos num
período de alta transmissão variante Ômicron, especialmente das subvariantes
BA.4 e BA.5 que faz com que pessoas que se infectaram em janeiro e fevereiro
sejam reinfectadas se não tomarem as precauções necessárias”, alerta o
infectologista.
De
acordo com os dados apresentados por Charbell, as subvariantes BA.4 e BA.5 são
as responsáveis pela elevação de casos registrados na cidade entre maio e
junho, cuja taxa de positividade para a Covid-19 atualmente é de 20%. “São
subvariantes que causam maior evasão do sistema imune e anticorpos vacinais, ou
seja, potencial de reinfectar quem já teve BA.1 e BA.2 que foram predominantes
entre janeiro e fevereiro”, explica o especialista, que informou ainda que a
taxa de transmissão da doença em março era de 5%.
Outra
observação acerca das subvariantes BA.4 e BA.5 é que, diferente da BA.2 que
acometia com maior gravidade as crianças, estas infectam mais as pessoas idosas
e, aquelas que não tomaram a terceira e quarta dose da vacina, são as que mais
estão sofrendo os efeitos da falta de anticorpos protetores.
Para
o especialista, o momento é de usar máscara de proteção individual, lavar bem
as mãos e tomar a vacina. As recomendações poderão ser modificadas, de acordo
com o cenário epidemiológico no município. “Se tivermos aumento de óbitos,
internação e fila de espera, como está acontecendo em outras cidades do Rio,
essa recomendação vira obrigatoriedade”, declarou Charbell que pede para as
pessoas elegíveis tomem a vacina.
A
orientação para que a população busque a imunização por meio da vacina foi
reforçada pelo secretário Municipal de Saúde, Paulo Hirano, que acompanhou a
reunião no formato virtual, pois estava em compromisso externo na cidade do Rio
de Janeiro.
“É
altamente recomendado o uso de máscara e vigilância permanente dos sintomas
gripais. Outra recomendação é para a imunização das crianças que são as mais
susceptíveis e dependem dos pais para autorizar a vacinação e, por isso,
conclamamos para levem os filhos para tomar a vacina e os adultos que completem
o esquema vacinal tomando a segunda, terceira e a quarta dose sucessivamente”,
disse Hirano.
A
reunião desta segunda-feira contou também com presença do subprocurador geral
do Município, Gabriel Rangel, da diretora da Vigilância Sanitária, Vera Cardoso
de Melo, e do secretário de comunicação Sérgio Cunha, além de outros 30
representantes da sociedade civil organizada.
Vacinação
– Considerando a população elegível para a imunização contra a Covd-19, estimada
em cerca de 470 mil, até a última sexta-feira (10), 408.373 pessoas tinham
recebido a primeira dose. Deste total, 355.302 receberam a segunda dose e
outras 10.650 a dose única, completando o esquema primário de vacinação. Também
há 190.659 pessoas que receberam a terceira dose e outras 26.810 receberam a
quarta dose.
A
baixa procura pelas doses de reforço (3ª e 4ª) e das crianças de 5 a 11 anos,
cujo alcance é de apenas 50% com a primeira dose, ainda é uma preocupação para
as autoridades em saúde, principalmente as menores de 3 anos que ainda não
podem ser vacinadas e que vem sendo acometidas por bronquiolites e pneumonias,
resultando em internações.
“Avançamos
muito com a vacinação nas escolas, com 4.817 doses da vacina contra a Covd-19
aplicadas, sendo 4.614 em alunos. Também conseguimos fazer 701 doses da vacina
de rotina, sendo 287 contra o HPV, o que nos alegra muito, pois sabemos que
estamos evitando câncer de pênis, de colo do útero, entre outros dessas
crianças que receberam a vacina”, observou Charbell ao falar da parceria da
secretaria de Saúde e a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
(Seduct), por meio do Programa Saúde na Escola (PSE).
Doenças
Emergentes e Reemergentes – Charbell também falou da preocupação com a hepatite
de causa desconhecida, arboviroses como dengue que cresceu bastante nos últimos
dias, e a varíola do macaco.
Sobre
a hepatite, o infectologista lembrou os vírus tradicionais: A, B, C. D e E,
sendo que há vacina na rede pública e privada somente para os dois primeiros.
Logo, é importante ter duas doses para hepatite A. Já a B é administrada uma
dose ao nascer e outras três doses subsequentes. Entretanto, há outros vírus
que causam hepatite, como, por exemplo, Citomegalovírus, Epstein Barr Vírus e
Adenovírus 41 e que estão associados ao surto de hepatite de causa
desconhecida.
“No
caso das crianças, elas ficaram dois anos em casa, a imunidade baixou, elas
perderam anticorpos de defesa e quando tem contato com todos esses vírus, fazem
infecções de repetição. Se por alguma infelicidade esse vírus for o COVID-19 a
criança pode ter uma resposta desproporcional levando a hiperinflamação, o que
acarreta possivelmente a hepatite de causa desconhecida” observa o médico. E,
para enfrentar esse momento é preciso, segundo o especialista, treinar a
imunidade com as vacinas. “Façam a vacina para Covid, hepatite e outras
doenças. E, em casos de sintomas sugestivos, procurar ajuda médica”, orientou.
Rede
de assistência – Os testes para a Covd-19 estão disponíveis no Centro de Saúde
de Guarus, na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Patronato São José, no
ônibus que está em frente à UBS da Penha, além da UBSF de Morro do Coco e
Conselheiro Josino. Para atendimento médico, deve-se ir às Unidade
Pré-Hospitalar (UPH’s) e Hospital São José. Esse último, inclusive passará a
contar com tomógrafo em breve.
Fonte: PMCG
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